Vida é experiência. Movimento. E o apego causa sofrimento.
Hoje, 15 de julho, sentada no sofá de pallets que tenho comigo há impressionantes 6 anos, reflito. O que eu quero pra minha vida?
Essa é uma pergunta que devemos nos fazer todos os dias. Porque a vida, mesmo que pareça longa e contínua, acontece diariamente. E o que queremos muda, e vai mudando, conforme vamos vivendo.
Porque viver é experienciar, a cada segundo, o que se manifesta. Não é passado, e não é futuro. É um presento vivo e cheio de força que nos arrebata com todos os desafios e alegrias de ser humana nesse corpo físico.
Se apegar aos movimentos é como querer se apegar a uma correnteza rápida e fluida, que não tem como ser controlada. Se apegar ao que foi é querer agarrar com ambas as mãos o vento e depois entristecer-se porque não conseguiu realizar tal feito.
Então me pergunto: o que eu quero da minha vida?
Quero fluir com a correnteza, não quero tentar agarrá-la pois ela é preciosa demais para isso.
Nossas vidas são como fluxos, seguindo, o tempo todo. E criamos artifícios bobos para nos prender ao que achamos ser verdade. Mas bem, qual verdade?
Viver a base do medo, da escassez, da loucura mental do acúmulo de lixos abstratos e materiais não é a minha verdade. Não condiz com o o que eu quero pra minha vida e com a história que desejo criar pra mim.
Então me pergunto: o que eu quero pra minha vida?
Sei o que não quero. Isso, por hora, já basta.
E sigo refletindo. Pois vida é movimento, e é nesse fluxo que eu hei de me encontrar.
Com amor, Tália.